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Mulheres da Indústria Naval debatem a cultura de violência e os espaços conquistados
31/03/2025
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Mulheres da Indústria Naval debatem a cultura de violência e os espaços conquistados
A programação do Março Lilás teve continuidade nesta segunda-feira (31), com uma das últimas atividades pensadas para as mulheres. Ao longo da tarde, o Salão Nobre Deputado Carlos Santos foi palco de nova roda de conversa, dessa vez com dezenas de mulheres que atuam no mercado da indústria naval, para debater o empoderamento femininos das mulheres no setor.
O evento contou com a participação da gerente de relacionamento pessoal da Transpetro, Aline Soares, que por chamada de vídeo apresentou diversas temáticas para contribuir com o debate. Em sua fala, Aline destacou a importância do engajamento das mulheres, assim como o fortalecimento das instituições, já que “ quando o poder público apoia, isso faz toda a diferença”.
Além disso, a gerente trouxe números da violência contra a mulher, assim como dados sobre os diferentes tipos de violência, destacando o quanto tal aspecto teve e ainda tem um grande impacto no contexto atual nos espaços das mulheres.
“ Foi uma sociedade marcada por muita violência, algo que sentimos até hoje, Isso acaba interferindo em temas como racismo e misoginia. Por vezes pensamos ‘homem é sempre assim’. Mas não, e por muito tempo a gente aceitou e ainda aceita. Temos que pensar como imaginamos o futuro para nossos filhos, filhas, netos, netas, amigos, então precisamos construir um país mais respeitoso, combatendo os estereótipos”, avalia.
Complementando a fala da palestrante, a prefeita Darlene Pereira acrescentou que muitas mulheres foram criadas para terem uma mentalidade materna e cuidadora. Por isso, ela considera importante lutar pelos avanços e valorizar as conquistas para “abrir portas”, para que outras mulheres também possam ocupar esses espaços, seja na vida pública ou no mercado de trabalho.
“ Quero poder ser inspiradora para outras mulheres, para que aquelas que venham depois de nós não tenham que sofrer tanto quanto sofremos para abrirmos essas portas. Nós fomos criadas para sermos cuidadoras, é isso que nos cobram. Mas isso também pode ser um ponto de vantagem. A sensibilidade, a capacidade de mediação, o respeito pelo outro, isso faz com que a gente siga avançando. Então se aprendemos na nossa formação histórica, não é feio fazer isso também. Nós só não podemos nos limitar a isso, nós queremos e podemos fazer muito mais”, afirma.
O Março Lilás 2025 abordou a temática “Saúde, Cidadania e Trabalho” e contou com o apoio de diversas instituições, organizações e movimentos sociais da cidade.
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