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Como painelista, prefeita aborda o cenário local da economia azul e aceita desafio pelo selo de Cidade Azul

14/04/2025

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Como parte da programação do 3º Fórum de Desenvolvimento da Economia Azul, a prefeita Darlene Pereira foi uma das debatedoras do primeiro painel desta segunda-feira (14), denominado "Modelo de cidades Azuis como estratégia de desenvolvimento econômico, social e ambiental". Ao lado do mediador Luciano Gonçalves, da Associação Brasileira das Empresas da Economia do Mar (Abeemar) e dos painelistas Renato Regazzi, assessor da presidência do Sebrae RJ, e de João Pedro Leal, superintendente de Portos, Terminais e Assuntos Nucleares da Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar do RJ, Darlene debateu sobre as potencialidades da economia azul, a necessidade de ações integradas entre diferentes setores da sociedade civil e os desafios de gestão para a implantação de políticas para o setor.

Conforme a prefeita, para realmente transformar Rio Grande em uma cidade azul, é necessária a integração do poder público, academia, empresariado e sociedade civil organizada para a construção do desenvolvimento sustentável. Ela acrescenta que já estamos vivendo os efeitos climáticos e não é mais viável pensar em um desenvolvimento a qualquer preço, seja ele econômico, social ou ambiental.

“É uma responsabilidade nossa, de quem tá vivendo esse tempo. Nós estamos enfrentando as consequência do mau uso dos recursos, dos recursos do mar e da lagoa, e agora nos cabe trabalhar para proteger esses ambientes. Penso que esse é o momento de darmos um passo além e partirmos para esse objetivo da cidade azul aproveitando todo o nosso potencial. Eu tenho pleno entendimento que precisamos de desenvolvimento sustentável, mas sustentável de forma econômica, ambiental e social, para garantir qualidade de vida para a população toda e as futuras gerações”, diz.

Para João Pedro Leal, o repertório de opções relacionadas com a economia do mar é muito vasto e é necessário definir pilares para embasar as ações a serem implantadas. “O meio ambiente e os benefícios para a comunidade são fundamentais para sustentar a economia azul e se interconectam para criar um modelo de desenvolvimento costeiro e sustentável”, afirma. Além disso, ele citou a Bacia Sedimentar de Pelotas como uma alternativa prática para esse desenvolvimento. “A Petrobras é referência mundial em extração de petróleo. Os royalties (da operação na bacia) podem proporcionar o desenvolvimento econômico, social e ambiental que a população do nosso país, que é subdesenvolvido, precisa”, acrescenta.

Durante os debates, Renato Regazzi defendeu o empreendedorismo como base fundamental para o funcionamento da economia azul, desde que realizado, desde o início, de forma sustentável, com todo o cuidado necessário com o meio ambiente. Neste contexto, ele destacou a importância da empatia entre os diferentes setores da sociedade, para que o tema da cidade azul possa avançar mesmo diante dos distintos aspectos envolvidos, muitas vezes conflitantes, entre poder público, investimento econômico e necessidades da população.

Além disso, trouxe exemplos de atividades econômicas específicas da cidade, que podem ser aproveitados para fomentar o desenvolvimento. “O movimento acontece a partir da realidade da cidade. Nós podemos sinalizar setores com menores barreiras de entrada, como o turismo de experiência, o turismo ecológico, náutico e tudo ligado ao mar. A economia da praia e os esportes, que trazem muito emprego e renda. E podemos falar das grandes empresas, pensando nas compras locais. Capacitar o empreendedor local para compras competitivas, dando capacitação e tecnologia para que as pequenas possam atender as grandes empresas, isso também é pensar no social”, comenta.

Ainda sobre o tema, Darlene defendeu que é necessário olhar para questões que já existem na cidade. “O empreendedor quer investir com segurança. Então devemos cuidar da nossa infraestrutura, precisamos melhorar isso a partir da lógica da sustentabilidade. Precisamos aproveitar o conhecimento da academia para construir propostas para receber os investidores, pensando não apenas no emprego e renda, mas na sustentabilidade. Precisamos valorizar a refinaria, que será a primeira biorrefinaria do país. Precisamos olhar para o nosso Porto, para o turismo, para o empreendedor local. São várias ações que necessitamos e temos condições de fazer”, ressaltou.

Selo Azul Cidades Costeiras

Ao final do painel, Darlene revelou que “aceitou o desafio” de buscar adequar o município para a certificação com o Selo Azul Cidades Costeiras, fornecido pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro (Facerj). Trata-se de uma certificação de excelência concedida a municípios costeiros que adotam práticas sustentáveis e gestão responsável dos recursos marítimos.

Inspirado em iniciativas globais, o Selo Azul reconhece prefeituras que mantêm altos padrões de governança, preservação ambiental, desenvolvimento econômico sustentável e qualidade de vida para a população. Para isso, foram definidos 20 requisitos, relacionados com questões de gestão, fomento da economia, preservação ambiental, mudanças climáticas, participação de fóruns e redes, entre outros.

“Estaremos juntos com a academia, o APL, o Grande Pacto, o Porto, entre outros. Não sei se seremos, é um desafio para todos nós, de nos transformarmos em Cidade Azul. Tenho certeza que não estarei sozinha nessa luta, por isso estou tendo a coragem de assumir esse desafio. E trabalharemos muito, porque nossa cidade merece, o nosso povo merece ter uma cidade com esse olhar, ter uma cidade azul, porque é isso que nós somos né”, finalizou.

 

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