Notícias

A Prefeitura do Rio Grande, por meio do Gabinete de Programas e Projetos Especiais (GPPE), deu início a mais uma etapa da recuperação da ponte da Ilha dos Marinheiros. De acordo com o cronograma apresentado à Câmara Municipal no final do mês de abril, a empresa responsável pela execução da obra já está depositando, nas proximidades da ponte, os materiais que serão utilizados para a proteção do leito do canal. 

Conforme explicou o engenheiro Orlando Marasciulo, para isso será feita a instalação de uma manta geotêxtil no leito, em uma profundidade que varia de 4m a 5m, que será fixada com grampos de aço. Posteriormente, serão colocadas rochas sobre a manta, formando uma camada de aproximadamente 1,5m. 

Essa proteção será aplicada em toda extensão da ponte e também irá abranger cerca de 20m para cada lado do eixo da ponte. A expectativa do setor é finalizar a etapa em até 60 dias. 

Para poder avançar com o trabalho, na sexta-feira (23), foi realizada mais uma batimetria da área da ponte da Ilha dos Marinheiros, que é a medição e mapeamento da profundidade da Lagoa. O resultado, fornecido na tarde desta segunda-feira (26), atesta que o leito do canal atingiu a profundidade original, de mais ou menos 5m, necessária para a continuidade da intervenção. 

Além disso, também serão realizadas outras análises, como a retirada de amostras das camadas do terreno para verificar a resistência do solo, especialmente no local onde ocorreu a cedência de um dos pilares. São resultados de estudos como esse que servirão de base para a definição do método mais adequado para a recuperação do “tabuleiro”, termo usado para descrever a estrutura por onde passam os veículos e os pedestres. 

Ensaio de carga

O Município também já tem em mãos o resultado do ensaio de carga, teste realizado no dia 11 de maio. O estudo confirma que a ponte está estabilizada e continua suportando a carga para que foi planejada, de 30 toneladas. 

Para isso foram feitos dois testes, um com a ponte totalmente vazia e outra com aplicação aproximada da capacidade total de sustentação. Em ambos os casos a estrutura se mostrou estável. 

Durante a enchente do mês de maio de 2024, a coluna de sustentação número 2 cedeu, abruptamente, cerca de 80 cm, movimento que teve continuidade em velocidade média de 1,4mm por dia. O processo só foi interrompido após concretagem feita já em 2025, fixando as estacas a uma profundidade de aproximadamente 8m.

Essa intervenção foi executada para consolidar as estacas individuais, aumentando a área de contato entre estrutura e terreno e diminuindo a pressão exercida pela ponte no solo. Considerando esse contexto, o teste de carga tem justamente o objetivo de verificar se a ponte possui condições de suportar, novamente, o tráfego de veículos.