Notícias
A política climática com a cara do Brasil é tema de palestra na Prefeitura
05/06/2025
Compartilhe esse conteúdo:
Compartilhe:

Esse foi o tema da palestra virtual feita pela coordenadora geral de Adaptação na Secretaria Nacional de Mudança do Clima no Ministério do Meio Ambiente (MMA), Inamara Melo. Ela fez a exposição durante a programação do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quinta-feira (5), e que integra as atividades do Junho de Debate e Ação Ambiental, ação da Secretaria de Município do Meio Ambiente (SMMA) do Rio Grande.
A palestrante mostrou o que o Ministério vem fazendo para enfrentar as mudanças climáticas e as responsabilidades dos estados e dos municípios com essa pauta. No começo, citou que o contexto político tem sido bastante desafiador e fez referência à coragem e a perseverança, tanto do presidente Lula como da ministra Marina Silva (MMA) em abraçar essa pauta, desde o início da atual gestão do governo federal. Mais adiante, Inamara Melo apresentou dados sobre o Plano Nacional de Mudanças Climáticas em andamento no país, efetuados por parte do MMA.
Para a coordenadora, as anomalias climáticas se dão de formas distintas e em outras regiões do país, fora do RS, se percebe mais ondas de calor, por exemplo. “Há um crescimento exponencial dos danos e dos impactos climáticos observados no Brasil. A mudança do clima não é uma agenda futura; é presente e a tendência é se intensificar cada vez mais no Brasil”, afirmou. Inamara afirma que há um cenário bastante desafiador no país, com chuvas extremas, aumento de temperaturas e outros fenômenos climáticos intensos.
A fim de enfrentar tantas mudanças, a especialista afirma que são necessárias ações conjuntas envolvendo diversos agentes da sociedade civil e dos governos, em todas as esferas, para fortalecer uma agenda positiva que enfrente essa nova realidade. Disse que há uma agenda de adaptação às mudanças climáticas montada pelo Plano Clima do MMA e citou a urgência do “federalismo climático”, expressão usada por ela para que cada município possa se comprometer com os objetivos nacionais de adaptação às mudanças climáticas. “E o município do Rio Grande deve estar inserido neste contexto”, pontuou.
A palestrante apresentou uma proposta nacional de envolvimento de todos os estados e municípios na agenda nacional de adaptação às mudanças climáticas. Disse que "precisamos trabalhar juntos" e lamentou que o primeiro Plano Nacional de Mudanças Climáticas foi proposto ainda em 2016, no final do segundo governo da presidenta Dilma Rousseff, mas acabou sendo interrompido.
Como mantra final de sua palestra, afirmou que "a adaptação não é uma escolha, mas uma necessidade para todos e todas e uma responsabilidade federativa compartilhada, que deve ser compartilhada com a sociedade e com o setor privado". Por fim, sugeriu que é preciso um grande esforço social, um pacto político para superar as mudanças climáticas em curso e que é necessário investir em agricultura de baixo carbono, barrar o desmatamento e outras práticas danosas ao meio ambiente. Ou seja, exemplos de ações de engajamento para todas as pessoas que devem ser desenvolvidas em todo o país e de forma transversal.
Fotos: Richard Furtado
Compartilhe:
de
6