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O Programa Saúde na Escola (PSE), vinculado à Secretaria Municipal da Saúde (SMS), promove, nesta quinta-feira (12), no Salão Nobre da Prefeitura, o segundo dia de formação para profissionais das áreas da saúde e educação. A atividade reúne servidores das unidades básicas de saúde e educadores das escolas inseridas nos territórios atendidos pelo Programa, abrangendo, nesta etapa, as zonas oeste, mista e rural do Município.

Criado em 2007, o PSE é uma política pública intersetorial do governo federal que integra ações de saúde e educação voltadas a crianças, adolescentes, jovens e adultos da rede pública. O programa tem como base a articulação entre as escolas e a Atenção Primária à Saúde, estruturando suas ações em 14 eixos temáticos. Entre os principais, destacam-se alimentação saudável, verificação da situação vacinal, prevenção da violência, promoção da cultura de paz, saúde mental, e saúde sexual e reprodutiva.

Segundo a coordenadora do PSE em Rio Grande, Dalzira Teixeira, os encontros formativos são fundamentais para o fortalecimento das ações do programa e compartilhamento de experiências entre as equipes. “O PSE não é um programa que se faz sozinho. Ele exige a colaboração ativa de todos os envolvidos. Esses momentos são valiosos para troca de experiências, avaliação dos processos e construção de alternativas para aprimorar a execução das atividades”, afirmou.

Durante a formação, o enfermeiro e co-coordenador do Programa, Alex Lagos, apresentou a estrutura da rede de saúde do Município aos representantes das escolas. Ele destacou que 78% do território rio-grandino está coberto pela Estratégia Saúde da Família (ESF), com um total de 53 equipes atuando na linha de frente. Além disso, seis equipes multiprofissionais (as chamadas E-Multi) compostas por fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais, atendem a nove territórios cada.

A assessora pedagógica do Núcleo de Orientação e Supervisão da Secretaria Municipal de Educação (SMEd), Sandra Greque, enfatizou a importância da integração entre saúde e educação no acompanhamento das necessidades dos estudantes. Para ela, os professores e professoras, que convivem em média quatro horas diárias com os alunos, são observadores privilegiados e portanto podem contribuir com informações importantes para o melhor andamento do Programa. “Muitas vezes, os educadores percebem que a criança não aprende por problemas como, por exemplo, a dificuldade de enxergar. Essas angústias são recorrentes, e por isso é essencial haver articulação entre as equipes escolares e os profissionais da saúde”, destacou.

Cobertura vacinal atinge 80% para HPV e meningite

Um dos resultados comemorados durante o evento foi o aumento da cobertura vacinal contra o HPV e a meningite em Rio Grande, que chegou a 80% entre crianças e adolescentes da rede pública. No início do ano, o Município registrava um déficit preocupante nessas imunizações. A melhora foi possível graças às ações integradas do PSE com os programas Imuniza Escola, Imuniza RS e com o apoio da Vigilância Epidemiológica de Rio Grande.

A estratégia envolveu levar equipes de saúde e vacinas diretamente às escolas municipais. Para a enfermeira Aline Alves, essa abordagem foi fundamental. “Temos convicção de que muitas dessas crianças não seriam vacinadas se não fossem essas ações nas escolas. Estamos conseguindo resgatar nos pais e responsáveis a consciência de que a vacinação é essencial. A mobilização reativou o senso coletivo de responsabilidade”, avaliou.

As vacinas contra o HPV e a meningite seguem disponíveis gratuitamente durante todo o ano nas unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).