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Uma reunião com o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Sandoval Feitosa retomou o debate sobre a instalação de uma termelétrica a gás natural no município do Rio Grande. O encontro com a presença da prefeita Darlene Pereira e lideranças da região discutiu alternativas para reverter a cassação da outorga do projeto, originalmente concedida à companhia gaúcha Bolognesi, e viabilizar a transferência da iniciativa para o grupo espanhol Cobra, que manifestou forte interesse em assumir o empreendimento e investir na cidade.

O projeto é considerado estratégico para o desenvolvimento da região Sul e visa garantir maior autonomia energética à indústria local, além de gerar impactos sociais e econômicos positivos para o Estado. Durante a reunião, o diretor da ANEEL ressaltou a relevância da proposta, destacando que há mais de dez anos o tema vem sendo debatido. No entanto, ele apontou que a Bolognesi deixou de cumprir com suas obrigações assumidas no leilão regulado de energia, o que resultou na perda da outorga.

Feitosa destacou que, atualmente, o Brasil possui capacidade energética excedente e que uma usina com capacidade de 1GW (gigawatt) só poderia avançar com respaldo técnico do Ministério de Minas e Energia. De acordo com ele, muitos projetos de geração de energia têm sido pautados não apenas por critérios técnicos, mas também por fatores políticos — o que exige uma articulação estratégica para garantir viabilidade e prioridade junto ao governo federal.

Além da prefeita Darlene, participaram da reunião os deputados federais Alexandre Lindemeyer (PT), Daniel Trzeciak (PSDB) e Afonso Hamm (PP), o deputado estadual Halley Lino de Souza (PT), o secretário estadual de Desenvolvimento, Vitor Magalhães, Luiz Henrique (Vale/Sindienergis-RS), Adriano Beuren (Fecomércio-RS), Cristiano Klinger (Portos RS).