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Prefeita participa de audiência que discutiu preparação da Refinaria Riograndense para tornar-se primeira biorrefinaria do Brasil
14/08/2025
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A prefeita Darlene Pereira participou de forma virtual na manhã desta quinta-feira (14) de uma audiência pública sobre os projetos de utilização de matérias-primas renováveis da Refinaria Riograndense e os desafios de preparação do Estado. A audiência foi promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo, em parceria coma Comissão de Economia da Assembleia Legislativa do Estado do RS e aconteceu no Espaço de Convergência Sala Adão Pretto da Casa Legislativa.
A Refinaria Riograndense, localizada em Rio Grande, será a primeira refinaria brasileira a produzir combustíveis 100% renováveis, tornando-se a primeira Biorrefinaria Brasileira. Dentre os novos produtos que serão produzidos na Refinaria Riograndense estão: biodiesel, gás liquefeito verde, bionafta e insumos para a indústria bioquímica como benzeno, utilizado na produção de borrachas sintética, nylon e PVC. Além disso, o projeto da Biorrefinaria compreende também a produção de combustíveis avançados a partir de ésteres e ácidos graxos hidroprocessados, que permite a produção do chamado diesel verde (HVO), de combustível de aviação sustentável (SAF) e da nafta verde.
A audiência foi uma proposição do deputado estadual Halley Souza (PT) e reuniu no espaço da Assembleia, deputados estaduais, federais, lideranças municipais de Rio Grande – como o vice-prefeito Renatinho e o presidente da Câmara de Vereadores de Rio Grande, Rovam Castro – além representantes da Refinaria e das suas acionistas Braskem, Ultra e Petrobras, CPERS, representantes da Embrapa, Furg, Câmara de Comércio de Rio Grande, e lideranças dos municípios de Herval e Santa Vitória do Palmar.
Durante a audiência, o presidente da Refinaria Riograndense, Felipe Jorge, apresentou o histórico e o atual momento da empresa. De acordo com o dirigente, o projeto de transformação total da Refinaria encontra-se em fase final de avaliação para decisão final de investimentos até o final deste ano - que devem ser da ordem de cerca de R$ 5,4 bilhões. O período de transição para biorrefinaria deve durar até 2027, com início das obras de transformação previstos para o ano seguinte, e previsão de início da operação da nova estrutura como biorrefinaria em 2028.
Além dos impactos em sustentabilidade – com a operação de cargas 100% renováveis e utilização de produtos certificados ambientalmente – a transformação da Refinaria também trará impactos significativos nos âmbitos econômico e social, como a geração de 4 mil empregos durante a construção da nova planta e outros 500 novos postos de trabalhos durante a nova fase de operação, além de proporcionar o aumento da renda de produtores rurais, que poderão fornecer matéria-prima para a biorrefinaria.
Em sua participação na audiência, a chefe do Executivo municipal agradeceu a iniciativa do deputado Halley e destacou a relevância histórica da antiga refinaria de petróleo Ipiranga para a cidade. “É uma memória afetiva para a nossa comunidade. Esse empreendimento sempre foi e continua sendo muito importante para Rio Grande”, iniciou a gestora. Na sequência, Darlene parabenizou a direção da Refinaria Rio Grande pela proposta de transformação da planta industrial, que, segundo ela, já se mostra promissora. A prefeita ressaltou que, embora o processo não seja rápido, é fundamental tornar públicas as etapas já realizadas e reforçar a transparência junto à comunidade.
A gestora municipal reiterou o compromisso da Prefeitura em colaborar com a iniciativa. “Tudo o que for necessário para auxiliar nesse processo, o Executivo está à disposição. Seguiremos articulados com a Assembleia Legislativa e com a Câmara dos Deputados para garantir a execução desse projeto”, declarou, citando o trabalho conjunto com o deputado federal Alexandre Lindenmeyer (PT) e o deputado estadual Halley.
Outro ponto destacado por Darlene foi a importância de utilizar o período de transição até o início das operações para organizar a cadeia produtiva regional, envolvendo agricultores e garantindo também a infraestrutura logística. Ela mencionou, ainda, a necessidade de fortalecer o modal ferroviário para o transporte de grandes volumes de soja in natura e de estimular a instalação ou ampliação de unidades de esmagamento do grão no Município.
A prefeita também enfatizou os impactos positivos que o projeto trará para a matriz produtiva agrícola do Município e para o desenvolvimento econômico local, ampliando a arrecadação municipal e gerando novos empregos. “Não tenho dúvidas que esta será uma inovação que vai marcar mais um capítulo na história da nossa cidade”, concluiu.
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