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Além dos prédios históricos da área central da cidade, as estruturas da antiga Fábrica Rheingantz também fazem parte da programação da Semana do Patrimônio deste ano. Na manhã desta quinta-feira (21), três grupos escolares estiveram no local para acompanhar a visita guiada que conta um pouco da história desse importante empreendimento presente na memória de muitos rio-grandinos. 

De acordo com a arqueóloga e coordenadora do projeto Memórias da Rheingantz, Vanessa Costa, a atividade está relacionada diretamente com o objetivo do projeto, que é valorizar as memórias das pessoas que trabalharam na fábrica, principalmente das mulheres, que eram a grande maioria da mão de obra da fábrica. 

“Através dos objetos que elas produziram, dos artigos têxteis, da arquitetura dos espaços de produção fabril e também do maquinário, realizamos diversas ações sobre essas mulheres para buscar essa valorização do patrimônio industrial”, ressalta.

Sobre a Semana do Patrimônio, ela destaca que é uma oportunidade de evidenciar os prédios históricos, conhecer e contar histórias sobre os locais e se envolver diretamente com o passado de nossa cidade. “ Sempre comentamos que a Rheingantz é fundamental para o reconhecimento dessa identidade operária. Muitas pessoas trabalharam na fábrica, têm familiares que trabalharam lá, e a Semana é muito importante para trazer a comunidade para dentro da fábrica”, lembra. 

Entre os participantes estiveram as turmas de 9º ano da escola Clemente Pinto, que visitaram o espaço para conhecer na prática muitos dos conteúdos trabalhados nas aulas de história. “A Rheingantz marca o período de industrialização do sul do país e a visita é uma oportunidade de vermos essa história, que está tão ligada a nós, que está conosco intimamente como rio-grandinos, nós presenciamos cotidianamente esse patrimônio histórico que é de relevância nacional. Trazer os alunos é materializar aquilo que falamos na teoria”, comenta o professor Francisco Vargas.

O grupo de alunos também visitou outros espaços históricos na manhã de quarta-feira (20), quando estiveram em pontos como Mercado Público, Catedral de São Pedro, Alfândega e Prefeitura, onde foram recebidos pela prefeita Darlene Pereira.. 

“Costumo colocar que nossa cidade é uma aula de história ontem vimos parte do estado absolutista português com a Catedral, o império brasileiro já no período pós-independência com o prédio da Alfândega, e hoje estamos indo para outra fase da cidade do Rio Grande, que é o começo da industrialização do sul do Brasil”, diz o professor.

A visitação da fábrica continua na tarde de hoje e estará disponível também na sexta-feira (22).