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A Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) celebrou, nesta sexta-feira (22), seus 50 anos de história em solenidade realizada no auditório do Hospital Universitário. A cerimônia contou com a presença da reitora da FURG, Suzane Gonçalves, da pró-reitora de Extensão e Cultura, Débora Amaral, da diretora da Escola de Enfermagem, Jamila Barlem, além de professores, estudantes, autoridades da instituição e representantes do município.
A titular da Secretaria de Município da Saúde (SMS), Juliana Acosta, que também compôs a mesa de abertura, destacou sua ligação com a escola e com a universidade. “Entrei na primeira turma da residência de Saúde da Família e Comunidade e, naquela época, não apenas participei, mas ajudei a construir. Construímos programas de curso, estruturamos a Comissão de Residência Multiprofissional (Coremu) e demos origem a novas formações. Sinto que parte desses 50 anos também é minha história, porque pelo menos uma década vivi intensamente essa construção”, afirmou.

A gestora ressaltou ainda o compromisso da Escola de Enfermagem em transformar a realidade da saúde regional, lembrando que esse espírito permanece até hoje. De acordo com ela, as parcerias entre a SMS e a Furg vêm possibilitando avanços importantes, como a inclusão de Rio Grande no próximo edital para especialização em Enfermagem Obstétrica, no âmbito da Rede Alyne. "Essa conquista permitirá ampliar a qualificação de profissionais e contribuir para a mudança da realidade materna e infantil na região." 

Ao longo de sua fala, a secretária enfatizou o reconhecimento da Prefeitura Municipal ao trabalho da Escola de Enfermagem e sublinhou a importância da integração ensino-serviço. “Hoje temos enfermeiros formados pela universidade atuando nas nossas unidades básicas de saúde. Queremos fortalecer essa parceria com novos cursos, residências e especializações, sempre alinhados às necessidades locais.”

Ela também destacou iniciativas conjuntas em áreas estratégicas, como saúde digital, mudanças climáticas e determinantes sociais da saúde. Disse que o compromisso vai além da formação de força de trabalho. “É formar profissionais críticos, capazes de intervir na realidade dos territórios, sobretudo aqueles historicamente invisibilizados”, concluiu, mencionando ainda a construção de políticas voltadas à saúde de pescadoras e pescadores.