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3º encontro do Curso “Black Flower” – formação em letramento racial para professores da Rede Municipal – acontece nesta segunda-feira (6), no Salão Nobre da Prefeitura
06/10/2025
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Texto: Rosélia de Morais Falcão MTB-MA 1080/Assessoria de Comunicação/PMRG
Fotos: Lucas Amaral/PMRG
Nesta segunda-feira (6), o Núcleo de Relações Étnico-Raciais (NRER) da Secretaria de Município de Educação de Rio Grande (SMEd) promove o último encontro do curso de letramento racial e capacitação antirracista “Black Flower”, voltado a cerca de 80 professores e professoras da Rede Municipal de Ensino. A formação tem como objetivo preparar educadores de referência em cada escola para implementar práticas pedagógicas antirracistas e garantir a efetividade da Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena.
O curso foi estruturado em três encontros presenciais, cada um abordando dimensões distintas do letramento racial. O primeiro encontro contou com oficinas sobre povos de matriz africana, destacando o combate ao preconceito religioso e o uso da música como ferramenta pedagógica. Já o segundo, realizado no dia 30/09, no Salão Nobre Deputado Carlos Santos, trouxe a participação do cartunista Alisson Afonso, premiado internacionalmente, que discutiu a importância das narrativas negras nas artes visuais. A programação também incluiu uma oficina de música e corpo, conduzida pelo músico e educador Dionísio Souza, que apresentou técnicas de percussão corporal como alternativa para o ensino de musicalidade nas escolas.
O 3º, e último encontro desta primeira formação, também está sendo realizado novamente no Salão Nobre da Prefeitura, e teve início pela manhã, com uma atividade conduzida pelos integrantes do Laboratório de Estudos Arqueológicos de Trecos e Troços (LEATT-ARQUEOLOGIA).O antropólogo Brian Affonso, a arqueóloga Kimberlly Corrêa e a mestranda em Arqueologia Sabrina Mattos, propuseram aos educadores e educadoras um diálogo entre arqueologia e educação afro-brasileira, explorando teorias como o “perspectivismo”, que valorizam olhares africanos e indígenas na construção do conhecimento.
“Buscamos, através do estudo de outras etnias, da etnoarqueologia, promover uma ruptura com a educação rígida e colonial, propondo uma perspectiva afro-brasileira e decolonial, que valorize a ancestralidade e novas concepções de tempo, vida e morte”, explicou Brian Affonso. Segundo os pesquisadores, a arqueologia vai além da exposição de objetos, tratando “toda forma de cultura material, toda forma de coisa” como uma expressão das sociedades e de suas formas de existir no mundo.
A manhã encerrou-se com uma prática musical conduzida pelo músico Dionísio Souza, que retomou as práticas de percussão corporal apresentadas no segundo encontro, desta vez acompanhado por Alisson Affonso na bateria e por Dias Ortiz no violão.
No turno da tarde, o curso segue com uma roda de conversa com o Mestre em Educação Ambiental pela Furg, Alisson Justamant, que abordará a relação entre o racismo e a educação ambiental.
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