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Rio Grande participa de evento em Porto Alegre em tributo à coroação do Rei de Òyó na Nigéria

17/12/2025

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O município do Rio Grande participou, por meio do Conselho Municipal do Povo de Terreiro e da Coordenadoria Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, do 3° Odún Festival Òsun e Egbé Òrun, em Porto Alegre, em tributo a coroação do Àlàáfin (rei) de Òyó, na Nigéria, Oba Akeem Abimbola Owoade I. A participação reafirma a conexão do Município com a linhagem real yorubá e a cultura ancestral e milenar da Ìsìn Òrìsà Ìbílè Òyó, a religião tradicional. 

A anfitriã do evento foi a ialorixá e autoridade civilizatória do povo yorubá, Òsùnrónké Agbebi, Julie Viana, única sacerdotisa de orixá no Batuque do Rio Grande do Sul a compor a ASA Òrìsà Òyó, uma organização ligada ao palácio do Rei de Òyó, responsável pela salvaguarda e difusão da religião e cultura tradicional yorubá no mundo.

O Rio Grande recebeu o convite para a solenidade pelo seu reconhecimento como berço nacional do Batuque no Brasil, e pela parceria que possui com o palácio do Àlàáfin, em Òyó, através da embaixadora da Cultura, Paula Gomes.

Para o titular da coordenadoria no Município, Chendler Siqueira, a presença rio-grandina teve o objetivo de consolidar uma reaproximação efetiva do Batuque e do Rio Grande com a cultura yorubá, resgatando laços ancestrais e construindo pontes intercontinentais. Siqueira afirmou que “poder participar e ter um primeiro contato real e efetivo com a cultura yorubá, na prática, foi emocionante”. Disse que esse “é um resgate da nossa soberania cultural, da dignidade dos nossos ancestrais".

Intercâmbio

Nos próximos anos – 2026/2027 -, está previsto um intercâmbio cultural da equipe do projeto de Mapeamento Sociocultural e Econômico dos Povos Tradicionais de Matriz Africana e Comunidades de Terreiro do Rio Grande com a cidade nigeriana de Òyó. A ideia é conhecer a cultura local, trocar experiências e produzir materiais que correlacionem as práticas e costumes em solo yorubá com as que são realizadas em solo rio-grandino, na diáspora africana, pelos terreiros do Batuque do Estado.

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