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A programação da Semana do Patrimônio 2025 em Rio Grande conta com a reapresentação do projeto “Caminhos Negros: Redescobrindo Rio Grande”, que neste ano ganha destaque através de uma exposição instalada no Mercado Público Municipal. A mostra reúne dez placas informativas que narram a história de importantes territórios negros da cidade, a partir da perspectiva da população negra local.

O projeto, iniciado em 2018 como uma construção coletiva, tem como objetivo identificar, mapear e demarcar espaços ligados à memória e à resistência negra em Rio Grande. Dos cerca de 25 locais reconhecidos pela comunidade, foram escolhidos – em votação também com a comunidade –  dez para compor o roteiro inicial. A proposta também busca servir de instrumento pedagógico para professores da Rede de Ensino, fortalecendo a aplicação da Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas brasileiras. A iniciativa conta, também, com um site que hospeda todas as informações sobre os pontos selecionados: https://caminhosnegros.wixsite.com/furg 

A confecção das placas foi possível por meio de recursos captados junto à Lei Paulo Gustavo. Agora, com a retomada do projeto, a expectativa é ampliar a iniciativa e oferecer materiais de apoio – como cartilhas e formações para docentes – que garantam o uso contínuo do conteúdo nas escolas, além de estimular a visitação de estudantes aos territórios mapeados.

Entre os pontos destacados na exposição estão o Largo das Quitandeiras, as Docas do Mercado, a Praça Sete de Setembro, o Busto de Carlos Santos, a Igreja Nossa Senhora da Conceição, a Capela da Ordem Terceira de São Francisco, a Praça da Geribanda, o Bairro Getúlio Vargas, a Estátua de Iemanjá, além da memória das Negras Minas do Bom Fim.

A reapresentação oficial do projeto acontece na noite desta quarta-feira (20) na Prefeitura, às 18h,  e será conduzida pelo coordenador Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Chendler Siqueira, pela secretária da Cultura, Rita Patta Rache e pelo Mestre em Educação Ambiental, Alisson Justamant. Segundo os organizadores, a retomada do projeto representa um fôlego importante após anos de dificuldades de fomento e de cortes na área da cultura e educação, fortalecendo a valorização da história e da contribuição da população negra na formação do Município.

A exposição fica aberta ao público até a próxima segunda-feira, 25 de agosto, no Mercado Público Municipal, integrando a programação oficial da Semana do Patrimônio.