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Projeto escolar de poesia de cordel sobre o patrimônio é tema de palestra e apresentação na Semana do Patrimônio

20/08/2025

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Alunos da EMEF Manoel Martins Mano estiveram nesta quarta-feira (20) no Salão Nobre Deputado Carlos Santos para apresentar o resultado de um trabalho com poesia de cordel a respeito do patrimônio de Rio Grande. Na oportunidade, as professoras envolvidas na iniciativa contaram a experiência de trabalhar o tema com os alunos, que desenvolveram uma pesquisa sobre o patrimônio para a elaboração do cordel “Patrimônio Histórico cordelizando o Rio Grande”.

Como parte de um projeto para abordar o patrimônio de Rio Grande, valorizando diferentes aspectos da identidade histórica do município, os alunos foram provocados a pesquisar sobre o assunto após atividades específicas feitas nas escolas. Conforme a bibliotecária da escola, Simone Bobadilho, esse trabalho, realizado ao longo de dois anos, resultou na criação de jornais informativos que retrataram o patrimônio edificado de Rio Grande.

Esses pontos posteriormente foram visitados e serviram de inspiração para a criação da poesia de cordel, produzida por estudantes que na época estavam no 5º ano e hoje cursam o 7º ano. Três dos alunos apresentaram a poesia, que retrata diferentes locais históricos, suas características e curiosidades. Confira o material nas fotos abaixo.

O projeto conta com a participação da autora de poesia de cordel e doutoranda em letras pela Furg, Jozy Silva. Como professora voluntária, ela vem desenvolvendo o trabalho com esse formato de literatura desde 2014 em Rio Grande, atendendo diversas escolas e turmas de diferentes níveis. Ela explica que, como o cordel não é muito popular na nossa região, o tema gerou interesse nos alunos e os estudos sobre o patrimônio serviram como pauta para suas próprias criações.

“ Depois de concluído, o cordel seria lançado na Feira do Livro, que acabou não acontecendo. Então a Semana do Patrimônio foi uma oportunidade de mostrar o trabalho deles, o quanto eles se importam com a cidade e conhecem a história do patrimônio da cidade. Essa é a história deles, foi isso que começamos a fazer no trabalho com o cordel”, comenta.

Ferramenta pedagógica

Josy segue oferecendo a oficina na rede municipal de ensino e atualmente está atendendo a escola Zelly Esmeraldo. Além de ser uma alternativa para trabalhar com temas presentes no planejamento curricular, a partir de sua experiência com a prática, ela considera o formato literário uma ferramenta didática que contribui para abordagens de temas sensíveis com os alunos, como bullying e preconceito racial.

“É possível ver o movimento de ruptura de estereótipos. Você vê um menino branco falando com tanta tristeza sobre como ele foi mau com um coleguinha. Isso está escrito no cordel, todos vão poder ver um menino que fazia bullyng ter a consciência de que aquilo era errado”, destaca.

Neste contexto, ela argumenta que o formato lúdico permite trabalhar pautas complexas com maior leveza. “Podemos dar uma ‘cutucadinha’ para fazer pensar, fazemos um cordel, uma brincadeira e eles têm liberdade para falar. Isso é bom, eles entendem, vão para casa, refletem e voltam com o cordel pronto, e isso é ótimo”, afirma.

O resultado da oficina da escola deverá ser lançado no próximo ano. Escolas com interesse em desenvolver proposta semelhante podem procurar a professora no instragram @jozysilvacordel.

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