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IPHAN, entidades sociais e Prefeitura discutem sobre Patrimônio do Município
16/10/2025
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Uma reunião nesta quinta-feira na Prefeitura discutiu o patrimônio material histórico e artístico do Rio Grande com foco na revitalização do Centro Histórico. O diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Andrey Rosenthal Schlee, reuniu-se com representantes de diversas secretarias do Município e entidades sociais como a Biblioteca Rio-Grandense, o IFRS, o Conselho do Patrimônio Histórico e o Instituto dos Arquitetos do Brasil.
A Secretaria de Planejamento, Habitação e Regularização Fundiária (SMPLANH) apresentou o planejamento para revitalização do Centro Histórico e as intervenções necessárias para retomar o movimento e o interesse dos rio-grandinos e dos turistas pelas características locais. Segundo o arquiteto Gabriel Fernandes, da SMPLANH, a transversalidade entre várias secretarias de Município que já estudam de alguma forma a questão do Centro Histórico, permitiu formar o Plano Centro + Vivo. Entre os objetivos, estão promover a qualificação urbana e socioambiental, dar novos usos a edifícios de interesse patrimonial e novas soluções de infraestrutura urbana combinados às ideias da economia criativa e solidária.
Para desenvolver o projeto, as secretarias efetuam estudos sobre memória e patrimônio; edifícios ociosos, espaços mais vivos e ações indutoras de centralidade. Os dados mostram, até aqui, 3.370 imóveis na área a ser revitalizada. Destes, 1240 são comerciais e 1879 de uso residencial. Há cinco escolas neste perímetro, oito hotéis e 10 templos religiosos. Uma das questões também estudada é a concentração de grande número de imóveis nas mãos de poucas famílias. Três núcleos familiares detêm, cada uma, mais de 50 imóveis na área central.
Dois setores têm grande atenção dos técnicos e gestores: a região portuária e o chamado sítio ferroviário, que abrange a antiga estação férrea e seu entorno. Na primeira, a ideia é agilizar a regularização fundiária e definir áreas de habitação para trabalhadores de serviços portuários na zona industrial-portuária. Foi apresentado também parte do projeto de revitalização do calçadão da General Bacellar e a ideia de um seminário sobre o Plano Centro + Vivo. Quatorze programas e projetos estão sendo planejados ou em andamento nas diversas secretarias.
Andrey Schlee parabenizou a equipe pelo esforço e somatório de iniciativas para valorizar o patrimônio histórico e a cidade e disse que o IPHAN quer ajudar e participar das discussões em Rio Grande. Sugeriu um seminário específico para tratar do acervo ferroviário e deu exemplos de como o Município e as entidades podem conseguir valorizar o Centro Histórico. Para a secretária da Cultura e Economia Criativa, Rita Rache, a atenção do IPHAN e do Ministério da Cultura, inclusive por meio de seus escritórios regionais, é extremamente importante para dar apoio ao Município, “que é onde acontecem as políticas. A vida é aqui”, disse a secretária.
Além da SMCEC e da SMPLANH, participaram o Gabinete de Programas e Projetos Especiais (GPPE) e as secretarias do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (SMMA) e Relações Institucionais e Comunitárias (SMREIC).
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